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laylla

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ao tempo o tempo

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Eu tateava nas sobras.

Mas tu?Eras o cego mais cego que já vi.

Era tanta dor, que senti na alma

Não só a dor da tua cegueira.

Mas a dor dos ignorantes, de não querer saber.

Ao ver os cegos, que são cegos, descobrirem seus

caminhos,

te vi perdido enganado-se na estrada

escutando palavras de peçonha.

Eu quis fugir, mas já era tarde.

A covardia não resolvia nada,

não mudava o que levavas no coração.

Por fim calei-me, é estupidez um cego

Conduzir outro cego

Mas fiquei.


Quebrada na solidão.

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